sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

A ortorexia nervosa é caracterizada por uma preocupação excessiva com a qualidade dos alimentos, distintamente dos transtornos alimentares, como a bulimia e a anorexia nervosa, doenças nas quais o paciente preocupa-se mais com a quantidade dos alimentos consumidos.

As pessoas acometidas pela ortorexia acreditam que somente os cereais e vegetais fazem bem ao organismo. Por outro lado, os ortoréxicos privam sua alimentação de carnes e enlatados. Aqueles que padecem dessa doença destinam grande parte de seu tempo examinando o que vão comer, lendo atentamente rótulos do que consomem e cozinhando em solidão, pois não confiam em restaurantes e comem muito devagar. A comida é o ponto central em suas vidas: não são apenas os alimentos que engordam ou contêm toxinas que são evitados, mas também aqueles cultivados com adubos e herbicidas ou que possuam substâncias artificiais.

Estudos sobre este tema indicam que muitos ortoréxicos foram anoréxicos que se recuperaram e resolveram adotar uma dieta que, para eles, incluísse apenas “comidas seguras”. Usualmente, há uma obsessão na escolha do alimento, no seu preparo e nos materiais para cozinhá-los e armazená-los. Todos os alimentos que não sejam naturais, puros, saudáveis e controlados são sumariamente rejeitados.

Essa obsessão por uma dieta saudável acarreta o efeito contrário, levando a uma alimentação desequilibrada. As pessoas que apresentam esse transtorno são geralmente mulheres de classe econômica média para alta. Tratam-se de indivíduos perfeccionistas, rígidos e com traços obsessivo-compulsivos, que representam 1% da população.

Tornando-se a dieta ainda mais rígida na exclusão de alimentos fundamentais para o funcionamento do organismo, pode acarretar problemas de desnutrição, anemia, deficiências ou excessos de vitamina, minerais e outros nutrientes. Isto pode provocar intolerância ou alergia a alguns alimentos, tendência a osteoporose por falta de cálcio, desenvolvendo até problemas renais, depressão, ansiedade, hipocondria, dores musculares e apatia crônica.

Some-se a isso que as pessoas com essa doença apresentam dificuldades na vida social, uma vez que se tornam contrários ao ato de comer fora de casa, afastam-se de seus familiares e amigos, adquirem uma personalidade irritadiça e, em virtude do isolamento, embarcam em um círculo vicioso devido à carência afetiva e emocional, o que as levam, cada vez mais, a uma preocupação exagerada com a alimentação.

A Ortorexia Nervosa é uma doença ainda não reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS), nem consta nos manuais de psiquiatria. Contudo, os especialistas concordam que a solução do problema passa por um tratamento psicológico e nutricional para reequilibrar a alimentação, desestimular práticas excessivas desses

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009



Anorexia aos 40 anos
Doença não é exclusiva de jovens e adolescente Os centros médicos para transtornos alimentares recebem, nos EUA, cada vez mais pessoas com 30, 40 e até 50 anos. Alguns criam até programas especiais para esses pacientes. São na maioria, mulheres com bulimia e anorexia, doenças normalmente associadas a adolescentes. Elas se dividem principalemtne em três grupos: as que tem transtorno há anos, mas nunca procuraram tratatmento, as que voltaram a ter devido a um estresse, como divórcio, ou as que adquiriram o hábito recentemente(essa são minoria).
Disturbios Alimentares
Por trás da Ortorexia e Vigorexia
Tanto a ortorexia, que é a obsessão pela alimentação saudável, como a vigorexia, que é a obsessão pelo corpo perfeito, denunciam o desvio do que deveria ser a preocupação natural com a saúde. Os transtornos alimentares revelam uma condição limitadora e carrasca, em que os cuidados naturais com a saúde e a vaidade se exacerbam a ponto de se tornarem um cárcere emocional que tolhe a vida em suas manifestações mais diversas, e rouba das pessoas o prazer em nutrir-se com alimentos de qualidade, pois quem sofre com transtornos alimentares, perde a espontaneidade e a satisfação em alimentar-se. O tratamento dos transtornos alimentares se converte em uma delicada situação por um motivo simples: pessoas vitimas dessa problemática não reconhecem seu comportamento como algo inadequado. Quase sempre consideram seu relacionamento com a comida a forma mais natural de agir, quase um estilo de vida. Considerando o reforço social no que tange a exigência de um corpo magro e conceitos de beleza uniformes que desrespeitam a individualidade das pessoas, torna-se difícil uma intervenção bem-sucedida. Especialmente porque fatores econômicos também fazem parte da construção do problema. Quanto mais insatisfação com o corpo e com a vida, mais estímulo ao consumo de produtos de beleza, roupas, propostas milagrosas de rejuvenescimento e dietas milagrosas que prometem emagrecimento rápido e sem sacrificio. Devido a fatores dessa natureza, o tratamento mais eficaz deve consistir em dar atenção às disfunções alimentares antes que essas se transformem em transtornos. Disfunções alimentares são desvios que ocorrem no comportamento alimentar. Nosso organismo precisa de nutrição e cuidados para que possa funcionar adequadamente, exercendo suas funções de forma a promover saúde. Quando ações são adotadas de forma a comprometer o funcionamento do organismo, promovendo déficit na qualidade da saúde, o organismo pode padecer. As disfunções alimentares não chegam a comprometer tão drasticamente a rotina alimentar e a saúde global das pessoas, como ocorre com os transtornos alimentares. No entanto, a somatória de pequenos atos podem conduzir às disfunções mais graves e até a desembocar no mar destrutivo dos transtornos alimentares. É importante notar que os transtornos alimentares não ocorrem de uma hora para outra.

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